quarta-feira, 25 de novembro de 2009

“O Homem que queria ser lembrado”

Quem sabe um dia haverá sempre boas novas e velhas esquecidas, mas seja o que for, sempre haverá algo de bom para fazer sem depender dos acontecimentos que nos cerca, a vida é assim, mas ela não será assim por toda eternidade, pois meu amigo: ninguém é eterno. Mas se esse fato justificasse alguma coisa, poderíamos de imediato deixar de nos preocupar com o dia-a-dia, o fato de não ser eterno, não quer dizer de maneira alguma que eu não posso fazer algo para me eternizar, primeiro: eu não preciso ser eterno para todos, posso fazer coisas em meu meio social que possa me eternizar. Posso ter um filho, dois, três, ou quem sabe, vários filhos que darão continuidade a uma geração que pertenceu a mim, eles farão suas famílias, e o meu sangue se expandirá por diversas gerações e famílias.
Mas se por acaso eu não poder ter um filho? Esqueci-me de lhe avisar, sou solteiro e ainda não tentei fazer um; confesso que ainda não havia pensado nisso, mas não mesmo! Caso seja impossível de eu ter um filho, posso plantar uma árvore, escrever um livro... É! Existem outras maneiras de se tornar imortal. Mas escrever um livro é uma história, publicá-lo, é outra, se o meu livro for ruim, nenhuma editora vai querer publicá-lo, e sei muito bem qual é o meu potencial quando se trata em escrever algo. Já plantar arvores é mais fácil, é só semear, regar que o resto ela faz sozinha. Verdade mesmo; vou adotar esta tese; vou plantar um monte de árvores, vou fazer uma fazenda só de árvores onde todas foram plantadas por mim.
Espera aí! Eu não tenho onde plantar, não tenho terra, a única terra que está ao meu alcance, estão em minhas unhas.
Puxa vida! O que vou fazer agora? Queria tanto fazer algo que eu ficasse lembrado. Façamos o seguinte: lembre-se de mim sempre que alguém falar em ser eterno, lembre-se de mim como o homem que queria ser lembrado, por favor.


José Oliveira.